domingo, 16 de agosto de 2015

Líder comunitária morta no AM já havia denunciado ameaças, diz polícia

Maria das Dores Salvador Priante foi sequestrada e morta a tiros. 

Violência é investigada pelas delegacias de Manacapuru e Iranduba.



A líder comunitária Maria das Dores Salvador Priante, 40, sequestrada e morta em Iranduba, município a 27 km de Manaus, já havia registrado ameaças que vinha sofrendo à Polícia Civil e à Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM).
Ela foi retirada a força de casa na noite de quarta-feira (12) por um grupo de homens armados. Na manhã desta quinta-feira (13), o corpo dela foi encontrado com marcas de tiros no km 52 da Rodovia AM-070, que liga as duas cidades.
A vítima já havia registrado três boletins de ocorrência, sendo dois por ameça e um por injúria, segundo a polícia. A morte da líder comunitária é investigada pela Delegacia de Manacapuru, com apoio da equipe de Iranduba.
Para a família, o crime pode ter ligação com denúncias por disputa de terras. "Ela recebia ameaças de mortes e já havia sido agredida há cerca de um ano", disse ao G1 o marido da vítima, Gerson Priante, que atribuiu a violência a um homem que vendia terras ilegalmente na comunidade.

Pedido de Socorro
Nesta quinta-feira, o deputado estadual José Ricardo (PT) afirmou que dona Dora, como era conhecida a vítima, e os comunitários, já tinham denunciado perseguições e ameaças às autoridades.
"Pediram de todos os órgãos competentes reforço na segurança da comunidade", disse a assessoria do parlamentar, em nota.
No dia 28 de abril, afirma a assessoria, o deputado esteve com ela na sede da Secretaria de Segurança Pública para pedir apoio e providências. Já no dia 24 de junho, ela esteve no plenário da Assembleia Legislativa, pedindo apoio contra os atos e ameaças de morte. "Nada foi feito", lamentou a assessoria do petista.
 O crime
De acordo com a polícia, quatro homens, todos armados, invadiram a residência de Maria das Dores, situada na Comunidade da Portelinha, Km 28, onde estava a líder comunitária e um caseiro, de nome não informado.
"O quarteto amarrou as vítimas, pegou alguns objetos da residência e durante a fuga levaram a mulher como refém", relatou a Polícia Civil ao G1.

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